quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Recomeço

Cap. 01
Atrasado

 
Zona Norte da cidade maravilhosa. Lua cheia iluminava as tradicionais ruas do bairro da penha e um jovem de 30 anos que encontrava-se sentado num pequeno bar da velha estação.
Marcelo bebia sua latinha de coca- cola, esperando o momento certo para voltar para casa. Sua vida, pensava-se assim, estava um tédio. Quase todo dia acordava em meio a brigas e dormia em meio a discussões com sua esposa que na verdade fazia o melhor para um bom relacionamento. Mas o jovem não reconhecia tal esforço e frio como se encontrava, procurava na mínimas coisas, uma oportunidade de construir grandes tempestades. Do seu ponto de vista, como deu para perceber, sua esposa sempre era a causadora de todo o transtorno.
Entre pensamentos que borbulhavam em sua cabeça, um predominava: separar-se de Viviane. Mesmo pensando assim, ainda a amava, mas não entendia o porque dos problemas que estavam desgatando seu casamento. Por ali passava seu amigo que o vendo dirigiu-se em sua direção.
- Fala Marcelo, o que faz por aqui meu amigo?
-Refletindo meu amigo... refletindo! Toma um refrigerante comigo? Preciso conversar com alguém. Minha cabeça está um turbilhão.
- Não acredito Marcelo! Cara, venho conversando com você já a dias. Nem precisa falar. Deixa eu advinhar! Hum.. É sobre se casamento com Viviane? Tantos querendo está no seu lugar, mas só faz reclamar e reclamar.
- É aquele ditado: 'Pimenta nos olhos dos outros é refresco." Não é você quem está casado com ela.
- Bem que eu queria... (susura)
-O quê?
-Nada. Continue.
- Estou cansado, ela reclama de tudo. Não posso falar nada que tudo gera discussão... E ai já viu.
-Claro. Estou vendo que não enxerga a esposa que tem. A vida que tem e que na verdade és o problema disso tudo. Só que sua personalidade o vitima.
- Já vi que não adianta bater um papo de amigo.
- Claro que dá e estou batendo. Só não estou dizendo o que gostaria de escutar.
- Melhor pararmos por aqui, pelo bem de nossa amizade .
-É vou indo. Mas uma ultima coisa meu amigo. Amigo não! Meu irmão! Não permita que pequenas coisas o faça deixar de aproveitar o que a vida lhe dá de tanto agrado, se não chega um dia em que tudo isso passa e dependendo do que acontecer não há mais retorno.
-Falou o grande filósofo... (ironiza-o). Vai lá. Também estou indo. Caramba!!!
-O que?
-Hoje completamos 6 anos de casados.
-Ai uma ótima oportunidade de mudar e salvar seu casamento.
- Um abraço. Até amanhã no batente.
Os dois se despediram. Marcelo dirigiu-se em direção a um pequeno quiosque de flores afim de comprar um bouquet de rosas para Viviane. Embora não concordasse com muitas coisa que seu amigo dissera, ao menos não pensava mais em separação.
- Boa noite, esse bouquet de rosas vermelhas. Quanto custa?
- Depende.
-Do que?
- Se for pra disfarçar o motivo da hora, que já é tarde, é mais caro. Mas se for para dar de presente por merecimento, pra você farei por R$ 45,00. E ai... qual é o motivo?
-Merecimento.
-Então R$ 45,00.
-Vou querer esse aqui.
-Pode pegar.
-Só pra tirar uma dúvida. E se escolhesse o primeiro motivo, por quanto sairia?
- O mesmo preço.
-Mas você disse que seria mais caro.
- Para sua consciência sim. Seria mais caro e pesado. Oferecer algo tão lindo e delicado para esconder algo tão sujo.
- É tem sentido. Nossa essa noite... Se escontrasse mas a frente o próprio Aristóteles não me surpreenderia.
Eram 11 da noite quando Marcelo se aproxima de seu prédio na rua Sargento Névio do Santos. Percebe que há um grande movimento de policiais, moradores e ambulâncias.
-Oi, boa noite. Sabe o que está acontecendo ali na frente?
- Dizem que foi um assalto a um apartamento. Mas estão dizendo que foi crime mesmo.
-Como assim?
- Não houve roubo. Entraram e mataram a mulher que estava no aparatamento.
-Nossa. Será que conheço? Muito obrigado senhor.
Mais próximo de seu prédio, percebe que o tal crime se trata no seu condomínio.
- Meu Deus! Sr. Gustavo o que aconteceu?
-Calma meu filho! Entendo seu desespero.
-Como assim desespero? Não estou entendendo.
-Você ainda não sabe?
-Sabe de que? Fale.. anda... fala logo!
-Alguém entrou em seu apartamento e...
-Não. Não. Não!!!
Marcelo desolado e sabendo que acabara de acontecer cai ao chão e se desespera. Passa a sua frente médicos segurando um saco preto carregando o corpo de sua mulher. É o pior momento de sua vida. O bouquet que portava em sua mãos caiu ao chão regado pelas lágrimas que desceram de seu rosto.

3 comentários:

  1. Guito, conitnua que sua história já me prendeu ;D
    hahaha muito boaa!

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  2. ooi meu anjo, lembra de mim??

    Poxa saudades suas... tentei lhe add no meu orkut porém não consegui... será que poderia ter vc em meu msn?? saudades mil... se eu puder me add ai natynha.boop@hotmail.com

    ahhh sua história ta super show continua logo quero ler o resto... beiijos

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